- Written by Gabi Duarte
Resenha Festival Coma 2018 por Gabi Duarte Featured
Nos dias 10, 11 e 12 de Agosto aconteceu a 2ª edição do Festival CoMA, que ocupou o Setor de Divulgação Cultural do Eixo Monumental, trazendo movimento e arte ao coração de Brasília. A colunista da Rádio Cerrado Gabi Duarte esteve presente e escreve aqui um pouco do que foi o evento. Os créditos do registro fotografico são de Pedro Werner.
O Festival contou com uma programação de conferências e atrações musicais diversas, atraindo aproximadas 20 mil pessoas ao complexo do evento. O Line-Up foi formado por cerca de 50 atrações sendo representado por bandas brasilienses e grandes nomes nacionais e internacionais. Com ampla estrutura, quatro palcos, dois deles ao ar livre - Palco Norte e Palco Sul - e outros sediados no Planetário e Clube do Choro e tenda de música eletrônica teve fácil localização ao utilizar espaços pouco explorados de Brasília e permitiu ao público explorar esses locais como referência de lazer e produção cultural, interagindo com a cidade e ressignificando elementos arquitetônicos. O evento englobou espaços de alimentação e descanso, para garantir o maior conforto para o público. Além disso, ofereceu uma proposta de acessibilidade e inclusão tanto para o público quanto para os colaboradores envolvidos na produção do evento. O Festival contou também com diversos espaços de intervenção, dentre eles uma horta para estimular o consumo de alimentos naturais e orgânicos. A Stella Artois desafiou as pessoas a deixarem os celulares trancados em um armário durante 30 minutos e como premio ofereceu uma cerveja, incentivando que as pessoas se desconectem das redes sociais para aproveitar e explorar o Festival.
No sábado (11), a programação de shows começou com Cachimbó, banda brasiliense de eletropop, que se apresentou no ambiente intimista do Clube do Choro, cantando músicas do álbum recém lançado, Bó. A banda Aiure, de Taguatinga, tocou enquanto eram projetadas imagens na cúpula do Planetário, criando uma atmosfera sinestésica entre os instrumentais da banda e a projeção. Sob um pôr do sol tipicamente brasiliense, Vanguart subiu no palco e fez um show fluido e apaixonado, sintonizado com o público, que cantou alto junto com a banda. O show da banda Supercombo foi enérgico, os integrantes das bandas Scalene, Alarmes, Far From Alaska e Plutão Já Foi Planeta surpreenderam e subiram ao palco quando tocou ‘Piloto Automático’. A tão esperada Elza Soares fez o show mais longo do dia, lançando seu novo disco ‘Deus é Mulher’, rico em teor político e de empoderamento feminino. O último show da noite, foi da banda baiana ÀTTØØXXÁ, que inflamou o público ao som do pagode dançante. O último dia do Festival CoMA, domingo (12), começou com A Engrenagem no Clube do Choro, logo depois, teve a sutil Ana Muller, cantando no Planetário. A brasiliense Flora Matos fez um show combativo e forte, muito expressivo. Céu retomou grandes sucessos da sua carreira em um show espirituoso e com muita presença de palco. Em seguida, Chico César apresentou um repertório sublime e poético. O encerramento do festival foi feito por Mundo Livre S/A, que tocou músicas do seu disco novo, mas não deixou o público sem ouvir os clássicos da trajetória da banda. Apesar de terem ocorrido atrasos na programação do Festival, o público não se abalou e resistiu até o final das atrações.
O Festival CoMA possui grande relevância para o cenário musical de Brasília, além de permitir que as bandas locais conquistem maior visibilidade, oferece ao público uma gama de atrações que representa a música brasileira. Após um evento bem organizado, CoMA mostra seu potencial de se estabelecer como um festival notório no Centro Oeste, suprindo a carência de eventos do tipo na região, e até mesmo no cenário nacional.
Gabi Duarte
Apaixonada por audiovisual